Clássicos que marcaram época, e outros que continuam até os tempos de hoje
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Clássicos que marcaram época, e outros que continuam até os tempos de hoje


"Grandes clássicos nunca serão esquecidos, tampouco sair de linha". É com esse pensamento que muita gente hoje vive e segue um estilo de vida, não é verdade? E não estão errados. Quem aqui nunca gostou de um perfume clássico que atire a primeira pedra! Cada um tem suas preferências, mas existe sempre aquele que você tem um carinho especial, seja por ter parentes que o usavam, seja por conhecer o contexto histórico, ou sejam até mesmo por gostar do cheiro. E quem aqui que já usou por muitos anos um clássico e ele saiu de linha? Foi uma decepção tão grande não é? É triste, mas é uma dura realidade. Mas se os seus queridinhos estão firmes e fortes no mercado, alegre-se. Hoje vamos relembrar alguns femininos que nunca fizeram feio:

No topo da lista, é claro, ficou o Chanel nº 5. Criado nos anos 20 por Gabrielle Chanel, a fragrância floral aldeídica tornou-se famosa após ser adotada pela atriz Marylin Monroe. Foi o primeiro a realçar os aromas naturais através do aldeído, por isso, há quem o considere forte demais. É recomendado para mulheres clássicas e com muito estilo.

O Opium, de Yves Saint Laurent, é outro clássico. Lançou tendência nos anos 70 com um estilo oriental especiado, misterioso como o nome sugere. A embalagem, aliás, foi inspirada no Inro, caixa usada pelos samurais para guardar as folhas entorpecentes do ópio no Japão Imperial. Representa uma mulher mais sedutora, e leva até pimenta na composição. Quente, não?

Outro ícone dos anos 20, que manda muito bem já no frasco, é o Shalimar, de Jacques Guerlain. Este também segue a linha oriental, mas é mais romântico, com toques de baunilha e jasmim. O nome é homenagem ao jardim do "templo do amor", palácio na Caxemira restaurado por Nur Jahan, o mesmo imperador que construiu o Taj Mahal. É para as mulheres glamurosas e provocantes.

O próximo que não pode faltar à lista é o Anaïs Anaïs, da Cacharel. Inspirada nos lírios brancos, símbolo da pureza na antiguidade, a fragrância floral suave de Anaïs foi sucesso absoluto entre os jovens dos anos 80, e até hoje representa uma imagem romântica e fresca. O nome tem tudo a ver: vem da deusa persa do amor.

Já nos anos 90, Thierry Mugler criou o inovador Angel, também oriental com baunilha, porém com traços de frutas e, acreditem, chocolate. Com forma de estrela e nome inspirado em sonhos, o perfume é todo um grande frasco de nostalgia e infância, baseado nas memórias do criador. Angel tornou-se clássico por inaugurar a categoria gourmand, de fragrâncias que lembram sabores, e inspirou muitos perfumes após seu lançamento.

Para completar a lista, o L’air du Temps, de Nina Ricci. Com pombas de vidro enfeitando o delicadíssimo frasco, Nina faz um apelo à paz, após a Segunda Guerra. Lançado em 1947, o perfume oriental floral foi adotado por ninguém menos que a Lady Diana, e permanece um sucesso até hoje. L’air du Temps traz uma fragrância romântica, que combina perfeitamente com as mulheres mais clássicas.

É importante lembrar que o perfume deve seguir o gosto e a personalidade da mulher. Então, não é porque listamos alguns perfumes clássicos que você precisa ir correndo comprar o seu, ok? Escolha sempre o que lhe agradar mais e que combinar com o seu estilo de vida, lembrando que a verdadeira fragrância é aquela que você sente após algumas horas, pois o perfume se mistura com o aroma do corpo. Outros clássicos notáveis:

Na ala masculina, também existem perfumes que fizeram história. Vamos a eles:

Paco Rabanne Pour Homme, criado em 1973, é um perfume masculino clássico, que foi muito difundido no Brasil no final dos anos 70. Vários fabricantes nacionais, inclusive artesanais, tentavam imitá-lo, já que não tínhamos acesso fácil aos importados. Com notas do Mediterrâneo, alecrim, artemísia, gerâneo, âmbar, musk, tabaco, é um floral com toque apimentado.

Também entre os anos 50 e 70, o Lancaster, favorito dos rapazes da zona sul carioca e da rua Augusta, em São Paulo, era um perfume masculino intenso. A fragrância combinava perfeitamente com as camisas psicodélicas, calças de tergal ou os ternos da Ducal, que compunham o visual da época. As unidades que chegavam ao Brasil eram disputadas e vinham da Argentina, onde a marca é bastante presente no mercado. A empresa foi criada em Mônaco, por George Wurz, ex-piloto do avião de bombardeio Lancaster na Segunda Guerra Mundial. Ele se associou ao químico Eugène Frezzati e juntos iniciaram a produção com cremes faciais, que logo ganharam o mercado parisiense.

Um dos mais conhecidos perfumes importados, Azzaro é ainda um dos líderes de vendas no Brasil, apesar das inúmeras falsificações. O EDT chega a vender mais de 200 mil unidades por ano, onde a grife é representada pela RR Perfumes e Cosméticos. Voltado ao público masculino, seu toque aromático e amadeirado é muito procurado também pelas mulheres desde 1978, quando foi lançado pelo estilista de moda Loris Azzaro. Clássico, inspirou vários outros perfumes masculinos nacionais e importados.

Lançamento da grife Yves Saint Laurent, Kouros foi criado em 1981, voltado para o homem cheio de energia e espírito de conquista. Sua característica principal é a harmonia do chipré picante na composição. Possui ampla linha composta por pós-barba, espuma de barba, sabonete em barra, sabonete líquido, talco, desodorantes e óleos de banho.

Outros clássicos notáveis:

Há também a histórica colônia unissex 4711 - Echt Kölnisch Wasser, inicialmente fabricada em 1794 na Alemanha, no período das invasões francesas com Napoleão Bonaparte, que até hoje é fabricada e remete a uma sensação de limpeza, paz e bem estar. A empresa segue hoje com ampla linha composta por sabonetes em barra, desodorantes, loção corporal e uma gama mais diversificada de colônias.

E para quem pensa que um perfume é apenas um “cheiro gostoso”, fica a dica: perfumes, clássicos ou não, podem evocar sensações, trazer lembranças e até passar uma boa (ou má) impressão durante um primeiro encontro ou uma entrevista de emprego.

Gostaram dos clássicos? Espero que sim. Acha que falta algum tão importante quantos os outros? Opine!

Um abraço a todos.


O Perfumista



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