Penhaligon's
Perfumes

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Penhaligon's


No final do ano 1860, o jovem barbeiro William Henry Penhaligon decidiu deixar sua cidade natal, Penzance, e mudar-se para Londres. Sua barbearia conheceu enorme sucesso, e William começou a fabricar loções e produtos de barbear. O êxito foi tanto, que, pouco mais de uma uma década passada, Penhaligon fornecia boa parte da aristocracia com suas pomadas, eaux-de-toilette e perfumes.

Sua primeira fragrância foi criada em 1872, e batizada Hamman Bouquet, em referência aos banhos turcos dos quais foi inspirada, permanecendo a favorita pessoal de seu criador. William, com clientela estabelecida, passou a dedicar-lhe fragrâncias. Assim, Blenheim Bouquet, criada para o Duke of Marlborough, acabou sendo uma das prediletas de Winston Churchill. Naquela época, os aromas masculinos eram florais ricos, e Blenheim Bouquet foi um dos primeiros cítricos - verdadeira revolução!

No final do reinado (de Junho de 1837 a Janeiro 1901) da rainha Victoria, William Henry foi nomeado barbeiro e perfumista oficial da corte. A maison Penhaligon's foi igualmente condecorada pela rainha Alexandra em 1903, pelo Duque de Edinburgh, em 1956, e pelo príncipe de Gales, em 1988.

A empresa, que contou com inúmeros nomes famosos na sua lista de clientes, passou por momentos difíceis após o crash de 1929, interrompendo momentaneamente suas atividades nos anos 40. O que sobrou foi destruído pela II Grande Guerra.

No início dos anos 70, a estilista Sheila Pickles restabeleceu o comércio, armada de um livro contendo as receitas originais das fragrâncias, além de uma caixa repleta de antigas embalagens e etiquetas.

Com a ajuda do diretor de cinema italiano Franco Zeffirelli, Sheila ressuscitou a marca, abrindo a primeira loja, em Covent Graden, no ano de 1975. Outras lojas nasceram, como a de Burlington Arcade (em Londres), as filiais de Glasgow, Edinburgh, Windsor e Chester (na Grã-Bretanha), afora as boutiques de San Francisco, da Madison Avenue, o ponto de venda, na Saks Fifth Avenue de New York (nos Estados Unidos), somando-se ao espaço de Hong Kong, na China.

Desde janeiro de 2002, Penhaligon's pertence ao grupo americano Cradle Holdings, que também dirige Erno Laszlo e a marca francesa L'Artisan Parfumeur.

Atualmente, Penhaligon's dispõe de novas fórmulas e fragrâncias, adaptadas aos tempos modernos, permanecendo, porém, fiel às características e ao eterno compromisso com a qualidade.

Falaremos bastante das criações de Penhaligon's no Perfumes & Etc, e espero que vocês apreciem mergulhar nesse mundo historicamente rico e perfumisticamente fascinante.



Sugestões de Leitura


The Language of Flores, de Sheila Pickles
Publicação: Dezembro de 1989
Editora: Harmony/ Random House Inc.

O quarto e, na minha opinião, mais encantador tomo da coleção Sheila Pickles/Penhaligon's. Uma maravilhosa obra para todos aqueles apaixonados por jardinagem, flores e gravuras Vitorianas. Esses últimos, serão verdadeiramente mimados, pois no livro constam diversas ilustrações da época. Cada flor é acompanhada de sua devida ilustração, verbete, e belas narrações de fatos corriqueiros. Citações, ditos, e poesia (William Shakespeare, Thomas Moore, Robert Burns, Henry Wadsworth Longfellow...), além do significado e linguagem de algumas flores como o jacinto, o cravo, a margarida, o jasmim, o lírio, a orquídea e a rosa. Imperdível!

Outros livros de Sheila Pickles

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Victorian London: The Life of a City 1840-1870, de Liza Picard
Publicação: 2006
Editora: St. Martin's Press

Esse livro retrata com paixão a vida quotidiana e realidades do dia-a-dia, na Londres da metade do período Vitoriano. Todos os esplendores e misérias da época são magistralmente narrados.

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Ilustrações ~ primeira à direita - William Henry Penhaligon
~ à esquerda - "The Language of Flowers", de Sheila Pickels
~ segunda à direita - "Victorian London: The Life of a City - 1840-1870", de Liza Picard






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